#Resenha: Simon vs. A Agenda Homo Sapiens - Becky Albertalli

Título: Simon vs. A agenda Homo Sapiens | Autor: Becky Albertalli | Editora: @intrinseca | Gênero: Romance | Ano: 2017 | Páginas: 272 | Avaliação: 4/5🌟's 
Sinopse: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar. Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu. Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos. (Via Skoob)

Resenha: Simon vs. A agenda homo sapiens conta a história de Simon Spier, um adolescente de 17 anos que está descobrindo como é se apaixonar. Simon conhece Blue através do blog do colégio, eles começam a trocar e-mails anonimamente e percebem que mesmo sem terem se visto pessoalmente, há um sentimento florescendo, os dois têm muito em comum e encontram um no outro o apoio que tanto precisavam.

"Acho que gosto de saber que nos conhecemos mais por dentro do que por fora.”

  Os hormônios estão à flor da pele e Simon se vê em meio a um turbilhão de sentimentos conflitantes, ao mesmo tempo em que tenta encontrar uma forma de contar aos seus amigos e familiares que é gay. No entanto, seus planos de revelar aos poucos esse segredo vão por água abaixo quando um garoto da escola ameaça contar pra todo mundo sobre a intimidade de Simon se ele não ceder as suas chantagens. ⠀

  Uma das coisas que mais me encantou nesse livro foi o fato de ser uma história LGBT que pode ser lida por qualquer público, seja ele infantil ou adulto. Becky escreveu essa narrativa de uma forma leve e divertida. É uma leitura rápida, atual, por ser em forma de mensagens e aborda um assunto que está muito presente nos debates públicos.

  Através do Simon refletimos sobre amor, amizade, decisões determinantes, os dois lados da moeda, confiança, respeito, empatia e perdão. É uma história simples, que ensina e nos faz pensar sobre muitos valores. Afinal, por que esse é o primeiro livro LGBT de comédia romântica sem final "trágico" que eu já li? 🤔

“Não importa quem você seja. A puberdade é impiedosa.” P.14 
⠀ 
🎬 Sobre a adaptação: Uma das melhores que já assisti! Parece aqueles filmes da sessão da tarde, mas com questões super atuais. É um filme engraçado, romântico, que dá uma sensação de conforto e felicidade. Vale muito a pena ❤

“Ele falou sobre o oceano entre as pessoas. E que o objetivo de tudo é encontrar uma margem até a qual valha a pena nadar. Eu precisava conhecer esse cara.” P.19


-------------------------------------------------------------------------------------------------

#Resenha21 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado ღ

#Resenha - Dark House - Karina Halle


Título: Dark House | Autor: Karina Halle | Editora: @unica_editora | Gênero: Ficção | Ano: 2014 | Páginas: 352 | Avaliação: 3,5/5🌟

Sinopse: Sempre houve algo fora do normal com Perry Palomina. Embora ela esteja vivendo uma crise ao passar pela síndrome pós-faculdade, assim como qualquer garota de vinte e poucos anos, ela não é o que chamaríamos de comum. Perry possui um passado que prefere ignorar, e há também o fato de que ela consegue ver fantasmas. Tudo isso vem a calhar quando se depara com Dex Foray, um excêntrico produtor que está trabalhando em um webcast sobre caçadores de fantasmas. Dex, que se revela um enigma enlouquecedor, arrasta Perry para um mundo que a seduz e ameaça sua vida. O farol de seu tio é pano de fundo de um mistério terrível, que ameaça a sanidade da moça e faz com que ela se apaixone por um homem que, como o mais perigoso dos fantasmas, pode não ser o que parece. (via Skoob)

Resenha: Comprei Dark House na bienal de 2016, primeiro porque estava na promoção (não vou negar 😅) e segundo porque tive poucas experiências com livros de terror, sou medrosa galera, mas resolvi arriscar e levar pra casa. Bem, levei dois anos para pegar o livro novamente e começar a leitura, qual não foi a minha surpresa ao perceber que o livro não era de terror, pelo menos não da forma como eu acreditava. 
  Dark House conta a história de Perry, uma jovem de 22 anos que desde muito nova vê e sonha com coisas estranhas, que nem ela sabe definir o que são. Em um final de semana a família de Perry decide visitar seu tio Al, na costa do Oregon, há algumas hora de Portland, onde nossa protagonista mora.
  Do lado oposto da propriedade de Al, há um farol abandonado, segundo boatos o lugar é mal assombrado e são poucas as pessoas que tem coragem de vê-lo mais de perto, Perry decidiu ser uma dessas pessoas, pois algo lhe chamava a atenção naquela velha construção. Ao chegar lá, ela se depara com algo inesperado, que pode mudar o curso de toda a sua vida. Afinal, será que seus sonhos bizarros eram apenas sonhos?

"Cresci sentindo sempre que eu era especial, como se fosse destinada a fazer algo de fato incrível com minha vida e ter um impacto na das pessoas."

  Preciso admitir que fiquei decepcionada com a leitura, achei que esse seria o tipo de livro que eu teria que ler durante o dia pra não ficar com medo, sabe? Como quando a gente assiste "O chamado" depois do meio-dia pra não correr o risco de ainda estar assistindo ao filme quando anoitecer. Mas não foi o que aconteceu. Apesar de a história ser legal, o enredo não tem nada de assustador. Confesso que me lembrou um pouco a série Supernatural. 
  Apesar dos pesares, Perry é uma personagem legal, em alguns momentos a gente até se identifica com ela, com suas frustrações tanto profissionais, quanto com a vida no geral. Existem muitas referências na narrativa, como: Bad Religion, Errol Flyn (ator famoso na década de 40), Robert Downey Jr., Grey's anatomy, filmes do Hitchcock, De volta para o futuro, entre outras.
  Por ser narrado em 1ª pessoa temos completo acesso a mente de Perry, e então podemos perceber o quanto ela é ranzinza e seu humor ácido, essa particularidade torna o livro um pouco mais agradável, pessoas ranzinzas costumam ser engraçadas.

"Infelizmente, meus problemas têm uma maneira furtiva de rastejar de volta, como a simbiose do Homem-Aranha."

  Dramaticidade também é um traço da personalidade da nossa personagem, mesmo tendo 22 anos, pode-se confundir Perry facilmente com uma adolescente de 15.

"Senti como se tivesse levado uma facada no estômago e começado a sangrar decepção para todos os lados."

  Dark House é um livro de ficção, de leitura fácil e divertida. A história é boa, os personagens conquistam fácil, mesmo sendo bem excêntricos. Mas não vá com muita sede ao pote, é apenas uma narrativa comum e esquecível, sem nada de memorável para oferecer. 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

#Resenha20 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado 

#Resenha: Portões de Fogo - Steven Pressfield


Título: Portões de Fogo | Autor: Steven Pressfield | Editora: @editoracontexto | Gênero: Ficção histórica | Ano: 2017 | Páginas: 432 | Avaliação: 4,5/5🌟's

Sinopse: O rei Xerxes comanda 2 milhões de homens do império persa para invadir e escravizar a Grécia. Em uma ação desesperada, uma pequena tropa de 300 espartanos segue para o desfiladeiro das Termópilas para impedir o avanço inimigo. Eles conseguiram conter, durante sete dias, dois milhões de homens, até que, com suas armas estraçalhadas, arruinadas na matança, lutaram “com mãos vazias e dentes” até finalmente serem mortos. A narrativa envolvente de Steven Pressfield recria a épica batalha de Termópilas, unindo com habilidade História e ficção. (via Skoob)
Resenha: Confesso que levei mais tempo do que o normal para ler "Portões de Fogo", o início foi um pouco difícil porque não estava acostumada com livros do gênero, ainda mais com descrições de cenas tão pesadas, como estupro, torturas e a batalha em si. Mas depois que a leitura engrena, não há quem consiga parar! Esse livro é um banquete para aqueles que adoram se deliciar com romances históricos. Apesar de ser ficção, a essência é real. O autor se baseou nos textos de Heródoto, principal historiador da época, portanto a formação dos soldados, suas características e a forma como aconteceu a guerra pode-se imaginar que foram exatamente do jeito como Pressfield relata. 
“Aprendi então: sempre há fogo.” 

  Xeones é um guerreiro espartano, que após ser capturado pelo rei persa Xerxes, é obrigado a narrar a história dos 300 sob seu ponto de vista. O rei exige que o guerreiro conte a história dos soldados, como foram criados e preparados para a batalha. O que mais intrigava Xerxes, era: como apenas 300 homens puderam matar mais de 20 mil dos seus soldados? Como tão poucos puderam parar 2 milhões por 7 dias?

"Nunca direi à cidade por que designei esses Trezentos. Nunca contarei aos Trezentos. Mas contarei a você, agora."

  Ao longo da narrativa Xeones relata como eram criados os espartanos, os escravos e os cidadãos que viviam em "polis" próximas. A guerra era a única forma de viver que eles conheciam, desde os 10 anos treinavam e eram testados de todas as formas possíveis, deviam estar preparados para lutar quando o dever lhes chamasse. Para os espartanos a única coisa mais importante que a batalha, eram suas crenças nos deuses. Independente do que acontecesse, os deuses estavam acima de tudo e de todos.
   É interessante saber o "por trás da cenas", a perspectiva de quem viu de fora e depois vivenciou a batalha, a narrativa entrelaça em alguns momentos a história da guerra com a do próprio Xeones, de sua família e amigos, o que torna tudo mais humano e real.
  Espartanos criados e treinados para a guerra. Mulheres fortes, mas ainda assim consideradas inferiores e obrigadas a se submeter aos desejos dos homens. Tortura, traições, crenças e tradições. Vitórias e perdas. Cidades qque viraram cinzas, familías dizimadas. Um livro de ficção, com uma essência real. Um enredo que prende, que nos deixa sensibilizados, que faz com que torçamos para que o rumo da história seja alterado. 
  A escrita de Pressfield é rica em detalhes, "Portões de fogo" nos faz viajar na história, nos apresenta uma realidade dura e pragmática: Lutar para viver, viver para lutar! 

"- Comam um bom desjejum, homens – Leônidas sorriu largo – pois estaremos todos partilhando o jantar no inferno.”

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

#Resenha19 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

Links de compra: Saraiva | Amazon | Fnac

Depois da ponte


    (Imagem retirada do site: https://alpenews.al/ikin-si-emigrant-ne-greqi-por-kur-kthehen-dy-te-moshuarit-shtepise-i-kishte-rene-bomba/)

  Faço o sinal com a mão, o ônibus para. As portas abrem e junto com elas o sorriso do motorista, que mesmo após horas de trabalho cumprimenta cada passageiro com a mesma alegria. Eu entro, pego o bilhete único na bolsa. O chip não está funcionando direito, por isso já prevejo o olhar crítico do cobrador ao ver que para passar no leitor eu preciso dobrar o cartão como se fosse parti-lo em dois.
  Após passar a catraca começa a missão, encontrar um banco vago. Gosto de sentar na janela, nos bancos de cima, principalmente do lado esquerdo, porque na volta da faculdade a vista da ponte pinheiros é linda, ainda mais quando o sol está se pondo. A luz que reflete nos prédios espelhados, a cor do céu que ora é rosa, ora é laranja, e quando não consegue decidir, resolve ser os dois. Aquele degradê de cores é encantador, várias vezes anotei mentalmente “preciso tirar fotos dessa vista algum dia”, mas eu vivo adiando esse dia. Sabe, né? Procrastinação, a doença da minha geração.
  Vez ou outra observo os passageiros do ônibus, é engraçado criar uma história para eles. Como o casal de senhores que observei um dia desses, estavam sentados na minha frente, discutindo sobre qual era o ponto certo para descer.
  “Mulher, tô dizendo, depois da ponte a gente dá sinal! O menino disse que é onde todo mundo desce” ralhou o senhor impaciente. Na história que criei para ele, o apelidei de Seu Zé. Decidi que Seu Zé é do interior, talvez por causa do seu R retroflexo, ou porque as roupas que ele usava pareciam muito com as do meu avô, que mora na região oeste de Santa Catarina. 
  “Você tem certeza? E se a gente se perder?”, questionou preocupada dona Tereza, por razões que desconheço, lhe atribui esse nome. Dona Tereza tem cabelos castanhos com alguns fios brancos, usava saia longa preta e um casaquinho verde de tricô, no seu colo segurava uma bolsa e um guarda-chuva.
  Seu Zé não respondeu à pergunta, não sei se porque não queria ou porque não sabia respondê-la. Por uns dois minutos eles ficaram em silêncio, até que Dona Tereza se levantou e caminhou em direção ao cobrador.
  “Volta aqui, mulher, eu sei o que tô dizendo!”, gritou Seu Zé, indignado com a desconfiança de Dona Tereza. Ela o ignorou, imagino que já o faça há anos. Os dois estão prestes a completar bodas de ouro, e nessa uma vida inteira juntos já discordaram tantas vezes que virou rotina. Seu Zé reclama. Dona Tereza dá as costas, faz do jeito dela e quase sempre está certa. Quase sempre...
  “Moço, o ponto do metrô é qual?”
  “É depois da ponte, minha senhora”
  Dona Tereza volta para o banco. Seu Zé depois de tantos anos de casado aprendeu que “eu te avisei” não é a frase certa a se dizer para quem está segurando um guarda-chuva daquele tamanho. Ele se contenta em saber que está certo, afinal uma das coisas que fez com que se encantasse por Dona Tereza é seu jeito cabeça-dura de ser. “Ela é de touro”, sua filha diz. Ele não entende o que significa, mas supõe que tenha algo a ver com teimosia.
  “E então?” Seu Zé pergunta com um sorrisinho no rosto, fingindo que não ouviu.
  Dona Tereza não responde, mas já está quase na hora de descer, ela levanta e dá o sinal.
  “Vamos, é depois da ponte.”.

#Resenha: Tartarugas até lá embaixo - John Green






Título: Tartarugas até lá embaixo | Autor: John Green | Editora: @intrínseca | Gênero: Ficção | Ano: 2017 | Páginas: 256 | Avaliação: 4/5 🌟's

Resenha: Aza é uma garota comum, com uma peculiaridade que poucos entendem, ela tem transtorno obsessivo-compulsivo, conhecido popularmente como TOC, uma doença que a incomoda e que lhe faz acreditar que nunca conseguirá viver como uma pessoa normal.
Daisy, sua melhor amiga, é apaixonada por Star Wars e escreve fanfics de alguns personagens, para tornar tudo ainda mais interativo  ela introduz pessoas do mundo real nas narrativas.
As duas entram em uma espécie de caça ao tesouro ao decidirem tentar encontrar um bilionário que desapareceu misteriosamente, o problema é que o desaparecido é pai de um amigo antigo de Aza, o que tornará a missão ainda mais difícil.

"A vida é uma sequência de escolhas entre incertezas."

  John Green construiu uma personagem tão humana que é impossível não se encantar com tamanha delicadeza dessa narrativa. A descrição dos sintomas do TOC e da frustração de Aza por saber que a doença faz parte dela e lhe acompanhará pra sempre, faz com que o leitor se sinta próximo e entenda, ao menos um pouco, como é penoso lidar com esse tipo de transtorno. 


"Qualquer um pode olhar pra você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu."


  Em alguns trechos do livro senti uma leve agonia, Green descreve tão bem os pensamentos de Aza que comecei a refletir sobre situações do cotidiano que nunca haviam me incomodado antes, e que agora surgem de vez em quando na minha mente, então cuidado quando chegarem nesses momentos da história, eles podem ser um pouco incomodativos, mas não é algo que interfira na leitura ou a torne ruim.

"Quem vê a vida como ela realmente é se preocupa. A vida é preocupante."

  As partes que mais me encantaram, confesso, foram as mais clichês. Os diálogos são repletos de referências da cultura pop, citações a grandes escritores como: James Joyce, Shakespeare e Charlote Brontë, e de declarações fofinhas, além das reflexões sobre a vida e o universo que tornam a história de Aza ainda mais cativante. 

"E se a gente não pode escolher o que faz e nem o que pensa, talvez a gente não seja real, sabe?"

  Ao pegar este livro para ler, se permita viajar, entenda as inseguranças de Aza e seus questionamentos, se as frases não fizerem sentido, tudo bem, a vida é assim mesmo, não é? Mas mais do que folhear as páginas, tente compreendê-las.
"Talvez a gente seja o que não pode deixar de ser."

 Coloquei alguns quotes no meio da resenha, mas tem muitos outros que gostaria de compartilhar com vocês, por isso vou fazer um post lá no insta @blogpalavrasrepetidas especialmente pra essas frases incríveis de "Tartarugas até lá embaixo".

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

#Resenha18 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: Sorrisos Quebrados - Sofia Silva


Título: Sorrisos Quebrados | Autor: Sofia Silva | Editora: @edvalentina | Gênero: Romance | Ano: 2017 | Páginas: 232 | Avaliação: 4/5 🌟's
⠀⠀
📝 Em muitos momentos na nossa vida tomamos decisões das quais nos arrependemos, essas escolhas podem fazer muito ou pouco estrago, no caso de Paola, uma dessas escolhas quase lhe tirou a vida. Paola seguiu o caminho mais atraente, escolheu o cara bonito, bem sucedido e cobiçado por todas, cabelos loiros e olhos claros, um perfeito príncipe. O que ela não sabia é que Roberto não tinha nada de príncipe, na verdade toda a beleza exterior deixou de importar depois que ela viu quão sujo ele era por dentro. Arrogante, violento e sádico, Roberto não mediu esforços pra fazer da vida de Paola um verdadeiro inferno, mas por sorte ou destino ela conseguiu livrar-se dele, não sem antes ele arrancar-lhe o sorriso do rosto e a vontade de viver. ⠀⠀
⠀⠀
📝 Agora marcada pela dor, Paola vive em uma clínica de reabilitação e é lá que encontra uma luz que a ajuda a enfrentar a escuridão em seu coração, uma doce menina chamada Sol. O que ela não esperava é que uma simples criança pudesse fazer mudanças tão grandiosas em sua vida.
⠀⠀
💭 "Sorrisos quebrados" é um livro capaz de deixar nosso emocional em cacos. Relacionamentos abusivos, violência verbal e física, traumas familiares e muita superação, são tantos fatores que mexem com o nosso coração e alma. No início senti um desconforto, pois os primeiros capítulos são muito impactantes e são capazes de nos deixar mal (pra valer), mas no final do livro estamos sedentos por um desfecho feliz, pois todos os personagens merecem que seus Sorrisos Quebrados, sejam remendados.
⠀⠀
💭 Com doses bem generosas de erotismo, romance e drama, Sofia soube escrever uma obra de leitura fácil e cativante.
⠀⠀
❝Às vezes precisamos olhar para as pessoas com o coração e não com os olhos, pois só assim nós vemos quem realmente são.❞
⠀⠀
❝A escuridão nos ajuda a falar o que na luz temos receio.❞

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


#Resenha17 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: A Filha do Carrasco - Oliver Pötzsch

Título: A filha do carrasco 
Autor: Oliver Pötzsch 
Editora: Novo Século
Gênero: Romance histórico 
Ano: 2013 
Páginas: 480

Avaliação: 4/5 🌟's

Sinopse: 📝 Jacob Kuisl sabe como ninguém distinguir um inocente de um culpado. Carrasco de uma pequena cidade da Baviera, está acostumado a torturar criminosos, em busca de confissão, e a executá-los, sempre que necessário. ⠀⠀
📝 Mas sua capacidade de julgamento é colocada em prova quando a velha parteira da cidade é acusada de crimes horrendos. O carrasco acredita em sua inocência e terá que lidar com segredos outrora muito bem guardados, envolvendo as mais tradicionais – e poderosas – famílias da cidade, numa verdadeira corrida contra o tempo.⠀⠀
⠀⠀
💭Resenha: A estória "A filha do Carrasco" se passa no século XVII, uma época em que as pessoas acreditavam em bruxarias, feitiços e poções, por conta disso mulheres humildes e que tinham dons considerados "fora do comum" eram chamadas de bruxas e levavam a culpa por todos os problemas inexplicáveis que aconteciam nas aldeias. ⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀
💭 Os capítulos são divididos por data, dia da semana e horário, isso facilita muito pra que o leitor possa se situar em que momento aconteceram os fatos, pois como o livro tem muitos personagens e a narrativa alterna contando o que cada um está vivenciando, às vezes pode ficar um pouco difícil acompanhar.
⠀⠀
💭Esse é o primeiro contato que tenho com um romance histórico e me surpreendeu bastante! Confesso que em alguns momentos me senti incomodada, por causa das mortes e torturas, mas entendo que tudo isso faz parte da realidade daquela época.
⠀⠀
💭 Afinal, o Carrasco é vilão ou mocinho? E a minha resposta é: existe meio termo? Haha Brincadeira, leiam e tirem suas próprias conclusões 💙 Gostei da estória, às vezes a leitura se arrasta por causa do excesso de detalhes, mas isso pode ser tanto um ponto positivo, quanto negativo, depende do ponto de vista. Achei os personagens super bem desenvolvidos e o final é muito bom! ⠀⠀
⠀⠀⠀⠀
❝As pessoas veem demais, até mesmo coisas que não existem.❞

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

#Resenha16 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

Lido em: Dezembro de 2017

Título: Assassinato no Expresso do Oriente
Autora: Agatha Christie
Editora: Altaya Record (primeira edição)
Gênero: Romance Policial
Ano: 1934
Páginas: 189
Avaliação: 4,5/5 🌟's
Sinopse Skoob: Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.

Resenha: Hercule Poirot é um detetive bem sucedido, famoso por sua facilidade em desvendar crimes. Após receber um telegrama solicitando sua volta a Londres ele embarca no Expresso do Oriente e uma viagem que parecia ser uma oportunidade para descansar, tornou-se mais um caso para ser solucionado, pois um dos passageiros é assassinado a facadas na cabine ao lado de onde Poirot estava. A missão parece simples: descobrir quem no vagão matou Ratchett. O problema é que aparentemente ninguém tinha razões para fazê-lo ou será que tinham?⠀
⠀⠀⠀
Esse é o primeiro livro que leio da Agatha Christie e devo dizer que não poderia ter entrado no universo dessa escritora de um jeito melhor! Que suspense maravilhoso e surpreendente, fiquei hipnotizada da primeira a última página, pra vocês terem uma ideia, li em apenas um dia! Os personagens me cativaram muito, tanto que fiquei agradecida pelo final que a história teve! Agatha criou tudo de uma forma tão graciosa, a história de cada personagem, as descobertas ao longo da investigação, as suspeitas que criávamos e logo desapareciam... o desfecho foi sensacional! 
⠀⠀⠀⠀⠀
"O impossível não pode ter acontecido; portanto, o impossível deve ser possível apesar das aparências (...) Não se pode fugir dos fatos."⠀⠀⠀⠀⠀

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

#Resenha15 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

Talvez muito tempo seja pouco

  

  Toda noite é a mesma história, ele persiste em aparecer nos sonhos dela,  e vice-versa, levando qualquer esperança de que eles consigam esquecer um ao outro. Seus corações se recusam a aceitar que nunca darão certo, estão separados por milhares de quilômetros e a probabilidade dessa situação mudar diminui a cada ano que passa. Seus objetivos são muito diferentes, suas vidas dificilmente irão se cruzar no futuro, mas cada vez que ela pensa nele, seus pensamentos entram em conflito e ela percebe que mudaria todos os planos apenas para estar ao seu lado. 
  O problema é que ele nunca tomou qualquer decisão pensando nela ou pelo menos, é isso que ela acha. Para ela, ele nunca cogitou ficarem juntos, nunca a colocou como primeira opção, nunca se importou de verdade com seus sentimentos e nunca percebeu que ela é uma das únicas pessoas que realmente se importa com a felicidade dele. Mal sabe ela que ele já pensou em correr atrás, em ligar pra contar de uma vez tudo o que sentia, mas o destino sempre colocava um obstáculo pra dificultar tudo e fazer com que ele pensasse que a melhor forma de ela ser feliz, seria se ele a deixasse ir. 
 Da última vez que a vida os separou, ela ficou perdida no escuro e mesmo sem saber para onde ir a única pessoa em que conseguia pensar era nele e em tudo que ele estava enfrentando. Ela continua acreditando que ele nunca mereceu sua preocupação, mas mesmo assim não consegue controlar, porque mesmo depois de todos esses anos, ele continua sendo seu Plano A. Sua primeira e única opção. Talvez seja por causa disso que ela nunca deixou outras pessoas se aproximarem, porque a única pessoa que ela queria perto, estava longe. 
  Hoje mais do que nunca ela queria esquecê-lo, deixar que todo essa distância finalmente conseguisse apagá-lo de sua vida, mas ela sabe que dificilmente isso irá acontecer, considerando que já se separaram tantas vezes e isso nunca impediu que permanecessem conectados. 
  A única coisa que pode fazer é esperar e esperar não é uma tarefa fácil pra ela, mas por ele, faria qualquer coisa. O problema é que ela não sabe que ele também está esperando, esperando que ela diga que não quer curtir sua liberdade sozinha, que quer que ele esteja ao seu lado, seja ali ou em qualquer outro lugar. Ele não se importaria de ter que largar tudo por ela, mas ela nunca pediu, nunca demonstrou e ele se retraiu e o destino os separou.
  Já faz tempo que os dois vivem á espera do momento certo, de finalmente poderem estar perto, mas se continuarem vivendo esperando a iniciativa do outro, talvez muito tempo seja pouco.

#Resenha: A Seleção - Kiera Cass


Título: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte

Gênero: 
Romance - Literatura Juvenil
Ano: 2012
Páginas: 368

Lido em: Novembro de 2016
Avaliação: (4/5)

Sinopse: Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável, e se pudesse mudar alguma coisa nela desejaria ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto.
Um dia, America topa se inscrever na Seleção só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa.
Mas é claro que seu nome aparece na lista das Selecionadas, e depois disso sua vida nunca mais será a mesma...


Resenha: America é uma adolescente que vive em um país onde as pessoas são divididas por oito castas, quanto maior o número da casta, mais pobre essa pessoa é. A família de America é da casta cinco, a casta dos artistas e apesar de estar três castas acima da mais miserável, eles passam por dificuldades.
  A jovem se vê em um impasse quando para poder ajudar sua família, ela terá que abrir mão de Jaspen, seu primeiro amor e se sujeitar a uma Seleção, onde entre 35 garotas, uma será escolhida pelo príncipe, para ser sua esposa.
"Não queria ser da Realeza. Não queria ser UM. Não queria nem tentar."
  Apesar da insistência de sua mãe, America continuava relutante em enviar o formulário de inscrição. Seus pais não entendiam o por quê de ela agir dessa forma, afinal, ela não tinha nada a perder! O que eles não sabiam é que America já estava apaixonada por outra pessoa.
"Deitada no colchão deformado, eu passava e repassava a Seleção na cabeça. Acho que tinha suas vantagens. Seria legal comer bem, pelo menos por uns dias. E não havia razão para eu me preocupar: eu não me apaixonaria pelo príncipe." Pg.17
  Depois de muito pensar e até de Jaspen ter insistido para que ela participasse da Seleção, finalmente America cedeu, estava certa de que não iria passar, afinal, porque a escolheriam? Ela não tinha nada de especial, nada que pudesse chamar a atenção do príncipe (ou pelo menos era o que ela pensava). Para sua surpresa, entre milhares de garotas, ela foi selecionada para ser uma das 35 "sortudas" que viveriam por tempo indeterminado em uma espécie de reality show, a espera da decisão do príncipe Maxon de qual seria A Escolhida!
"Minhas intenções não importavam. As outras garotas não sabiam que eu não queria ganhar. Na visão delas, eu era uma ameaça. E dava para notar que me queriam fora." Pg.114
  A Seleção é uma narrativa instigante, vez ou outra você se surpreende ao perceber que está suspirando e sentindo aquela sensação boa de estar ansiosa por algum acontecimento ou torcendo muito pela felicidade de alguém.
  Quando comecei a ler esse livro, pensei que deveria ser o mais critica possível, porque eu não concordava com a ideia de uma história onde as mulheres deveriam se sujeitar a viver trancadas em um palácio, sendo expostas ao mundo de todas as formas e esperando que um cara desse-lhes a grande "honra" de tornar uma delas sua princesa. Mas minha opinião mudou, quando resolvi dar uma chance ao Maxon e passei a entender um pouco mais sobre sua história.
  Aos poucos percebemos que nem tudo é como imaginamos e que julgar alguém sem antes conhece-lo é muito errado (mesmo). Na verdade, não foi só eu que aprendi essa lição não, conforme os dias vão passando America percebe que o príncipe até que é um cara legal, na verdade, ele é um cara bem atraente, não só por fora, como por dentro também! E participar da Seleção não se tornou uma tarefa tão difícil assim, America até começou a pensar que poderia se acostumar com a ideia de ser uma princesa, mas isso era só um pensamento, não se tornaria realidade, não é mesmo?
  A Seleção tem tudo para ser um bom romance distópico, uma moça que vive um dilema, dois caras completamente diferentes, mas com características cativantes, brigas, intrigas, pessoas sendo influenciadas pelo sistema, e uma guerra rolando como pano de fundo, que provavelmente será mais abordada nos próximos livros.
  Terminei esse livro me descabelando pra saber qual será o destino dos meus personagens favoritos! Não vejo a hora de começar a ler A Elite!!
"Estou aqui. E não estou lutando. Meu plano é aproveitar a comida até você me chutar."
----------------------------------------------------------------------------------------------


#Resenha14 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: Sonata em Punk Rock - Babi Dewet

Lido em: Janeiro de 2017
Título: Sonata em Punk Rock
Autora: Babi Dewet
Editora: Gutenberg
Gênero:
Ficção - Literatura Juvenil
Ano: 2016
Páginas: 300

Avaliação: (5/5)
Sinopse: Por que alguém escolheria uma orquestra se pode ter uma banda de rock? Essa sempre foi a dúvida de Valentina Gontcharov. Entre o trabalho como gerente do mercado do bairro e as tarefas de casa, o sonho de viver de música estava, aos poucos, ficando em segundo plano. Até que, ao descobrir que tem ouvido absoluto e ser aceita na Academia Margareth Vilela, o conservatório de música mais famoso do país, a garota tem a chance de seguir uma nova vida na conhecida Cidade da Música, o lugar capaz de realizar todos os seus sonhos. No conservatório, Tim, como prefere ser chamada, terá que superar seus medos e inseguranças e provar a si mesma do que é capaz, mesmo que isso signifique dominar o tão assustador piano e abraçar de vez o seu lado de musicista clássica. Só que, para dificultar ainda mais as coisas, o arrogante e talentoso Kim cruza seu caminho de uma forma que é impossível ignorar.
Em um universo completamente diferente do que estava acostumada, repleto de notas, arpejos, partituras, instrumentos e disciplina, Valentina irá mostrar ao certinho Kim que não é só ele que está precisando de um pouco de rock’n’roll, mas sim toda a Cidade da Música.


Resenha: Valentina é uma garota de 20 anos, apaixonada por música e que está prestes a realizar um dos maiores sonhos da sua vida, entrar na Academia de música Margareth Vilela. No entanto, mesmo tendo sido aprovada na Academia ela vive um dilema, sua mãe não tem condições de pagar a mensalidade absurdamente cara daquele lugar.
"Valentina havia tentado traçar um plano: pediria um empréstimo no banco ou se ofereceria para trabalhar de graça no conservatório. Era do tipo que não desistia sem lutar. Só que o destino pode ser irônico quando convém, e, por mais que ela não gostasse, trazia uma solução."
  Após ter se obrigado a aceitar a ajuda da última pessoa que ela queria ver no planeta, Valentina se muda para a Academia e descobre um mundo totalmente mágico! Onde as pessoas falam, tocam e respiram música!
  A principio a garota se sente deslocada, pois todos ao seu redor são certinhos demais, arrumadinhos demais e ouvem melodias clássicas demais, melodias as quais ela dava o nome de "música de elevador".
  Por algum tempo seus únicos companheiros eram o fone de ouvidos, a playlist de Punk Rock e seu coturno surrado, além de Érica, uma amiga virtual que Valentina conhecia há 5 anos sem nunca sequer tê-la visto pessoalmente. Mas por sorte do destino acaba encontrando um grupo quase tão deslocado quanto ela, Sarah, Pedro e Fernando acabam tornando-se grandes amigos e juntos eles decidem formar a banda Dexter (sim, é uma referência a série, fiquei até emocionada! haha)
  Mas nem tudo é tão simples na academia, Tim (como Valentina gostava de ser chamada) logo na primeira semana deve escolher um instrumento clássico para estudar, pois só assim poderia passar de ano e ela resolve escolher piano, por acreditar ser um instrumento mais fácil de aprender. Infelizmente ou felizmente, se enganou feio, além de não ser nada fácil, sua professora é extremamente rigorosa e com cara de poucos amigos. Vendo que não iria conseguir passar de ano sem ajuda, Tim decide pedir ajuda pra última pessoa que aceitaria ajuda-la, Kim, o garoto popularzinho, super gato (mais do que ela queria admitir), gênio do piano, filho da dona da escola e que tinha uma evidente repulsa por Valentina, ou assim ela pensava, já que desde o primeiro dia que o viu ele a tratava mal.
  Aos poucos Tim vai descobrindo que música clássica não é assim tão ruim e que ela até se acostumaria com o fato de ter que tocar piano todos os dias, na verdade, a sensação de estar no palco sob os holofotes, torna tudo ainda mais fácil.



  Sonata em Punk Rock é o tipo de livro que você irá passar horas lendo sem sequer perceber o tempo passar, a história é tão envolvente que por algum tempo você até acredita fazer parte daquele mundo, o ruim é quando a gente percebe que não faz, bate até uma deprê.
  Mas de qualquer forma, Valentina me ensinou muita coisa nessas 300 páginas: Não deixar que um obstáculo (ou vários) façam você desistir do seu sonho, jamais julgar alguém pela aparência, praticar a sororidade, nunca (em hipótese alguma) ser uma amiga unilateral, afinal não é só você que tem problemas, e se tem uma coisa que me deixou surpresa é que Tim me ensinou a gostar de Punk Rock e juntas aprendemos a apreciar música clássica, quem diria que Beethoven, Chopin, Stravinsky, Schumann e Vivaldi seriam assim tão interessantes!
  Além de tudo isso, em várias partes da história o grupo de Tim faz referência a várias séries e filmes (que eu particularmente AMO) quando vi a frase "Challenge Accepted" fiquei até arrepiada! haha Não é só HIMYM que eles citam não, também tem Harry Potter, Star Wars e Percy Jackson!
  Paula Pimenta definiu bem meus sentimentos com essa frase: "Cada detalhe da história me encantou. Só não sei o que eu faço agora com essa vontade de me mudar para a Cidade da Música"
  Pra quem se interessar em ouvir algumas das músicas citadas no livro, aqui está o link da playlist no SPOTIFY (inclusive estou escutando agorinha, enquanto escrevo esse post).
  Obrigada Babi Dewet por esse livro tão amorzinho e obrigada editora Gutenberg por tê-lo publicado, mal vejo a hora de poder ler os próximos livros dessa trilogia ♥


--------------------------------------------------------------------------------------------------


#Resenha13 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: Boa Noite - Pam Gonçalves

Lido em: Janeiro de 2017
Título: Boa Noite
Autor: Pam Gonçalves
Editora: Galera Record
Gênero:
Ficção
Ano: 2016
Páginas: 237

Avaliação: (5/5)

Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Resenha:
Alina acabou de entrar na faculdade, está no primeiro semestre de engenharia da computação, e já sofre com situações machistas dentro da sala de aula, pois contando com ela, só há quatro meninas inscritas no curso. Além de ter que lidar com isso, Alina ainda tem que se acostumar com o fato de estar morando em outra cidade, longe da família e da vida comoda que levava.

  No entanto morar na República das Loucuras tem lá suas vantagens, na primeira semana já curtiu mais do que a vida inteira! Ok, posso ter exagerado um pouco, o que quero dizer é que ela nunca foi de sair, sempre enfiada no meio dos livros, Alina costumava recusar os convites pra festas que seus amigos faziam, até que chegou um momento em que pararam de convida-la. Mas as pessoas com quem ela divide a república não aceitam não como resposta e logo ela se vê curtindo as festas da faculdade ao lado de seus mais novos amigos, Manuela a garota descolada que estuda comunicação, Gustavo o gato do quarto ao lado que cursa medicina e o casal inseparável Talita e Bernardo que cursam administração.
  No inicio nossa personagem até fica animada com a possibilidade de ser uma nova pessoa e fazer tudo o que tinha deixado de lado no ensino médio, mas com o passar das semanas ela percebe que essa vida que ela tanto idealizava não é assim não colorida.
  Boa noite é o tipo de livro em que a leitura flui facilmente e a história te prende sem muitos esforços! Tem romance, tem humor, tem diversão, tem referência a Harry Potter (amo), mas o principal, aborda assuntos extremamente sérios, que precisam ser discutidos e trabalhados na sociedade atual.
  É muito fácil nos identificarmos com o enredo do livro, porque de inicio somos apresentados a história de uma personagem que está entrando na fase adulta e descobrindo um novo mundo, a faculdade. Mas esse novo mundo na verdade parece todo errado, preconceito de todas as formas nos são apresentados, seja racial ou de gêneros, além da homofobia, que infelizmente é algo muito presente nos dias de hoje. Mas o foco principal do livro é o uso de drogas em festas de faculdade, só a ação em si já é preocupante, mas a situação se agrava ainda mais, quando a pessoa sequer sabe que está ingerindo essa substância! Acredito que vocês já sabem onde quero chegar, meninas bêbadas e inconscientes não conseguem pedir ajuda, não é mesmo? E quando conseguem, muitas vezes o medo ou a vergonha as impedem de denunciar.
  "O pior de tudo é perceber que a maioria as culpa pelo o que aconteceu, dizendo que, se beberam até cair, não tinham que reclamar de nada."  
  Gostaria que todas as pessoas tivessem acesso a um livro como esse, pra que pudessem entender o quão importante é discutirmos esse assunto e nos juntarmos pra encontrarmos soluções que façam com que atos como esse, não aconteçam mais!
  Alina, Talita, Manuela, Gustavo e Bernardo mostram por meio de suas experiências que não é fácil passar por essa fase, escolher os amigos certos, saber quem é confiável, descobrir como lidar com situações constrangedoras, enfrentar preconceitos, denunciar atitudes erradas, recusar coisas que você sabe que irão lhe fazer mal, mas a pressão faz com que fique na dúvida sobre qual atitude tomar... É, as vezes a faculdade pode não ser um lugar tão agradável, mas a realidade pode ser outra, se você se dispor a fazer a diferença! Isso se aplica não só ao ambiente acadêmico, mas na sua vida por completo, não permita que o medo lhe impeça de fazer o que é certo.
"Juntas somos muito mais fortes."

--------------------------------------------------------------------------------------------------
#Resenha12 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

Sempre haverá uma nova chance

 

  Tem momentos em nossas vidas em que a única coisa em que conseguimos pensar é que o Universo está fazendo algum tipo de brincadeira sem graça, e que todos estão conspirando pra que chutemos de vez o balde e nos dêmos por vencidos. Mas deixa eu te contar uma coisa, o que você deve fazer é exatamente o contrário! Agarre com ainda mais forças seus objetivos, pule ainda mais alto pelos obstáculos, não importa se você já está correndo há muito tempo e está quase sem fôlego, encontre forças e corra, corra o mais rápido que puder e faça um favor a si mesma, não olhe pra trás! Olhar pra trás fará você tropeçar, tropeçar fará você se machucar e machucados... bem, suas experiências já te mostraram que machucados não se curam tão facilmente como nas propagandas. Toda vez que pensar em voltar, lembre-se de que se está no passado é por uma razão e se você ficar tentando recuperar aquilo, seus machucados nunca irão sarar e consequentemente você nunca conseguirá seguir em frente.
  Sabe, acho que afinal eu entendi que construir uma máquina do tempo não altera o passado, só nos impede de viver o presente. Então trate de desligar sua mente desse eterno loop em que ela se encontra, desligue-se de uma vez por todas dessas memórias que não lhe fazem bem, trate de criar novas histórias pra sua vida, histórias das quais você irá se orgulhar no futuro e que não lhe farão se arrepender e sofrer. Essa é a sua oportunidade de fazer tudo diferente, a cada dia você ganha uma oportunidade de fazer tudo diferente, não jogue isso fora, não se tranque em um quarto escuro de memórias, saía para ver o dia lindo que está lá fora, um dia cheio de novas chances, é, tá aí uma coisa que eu aprovo, novas chances.
  Apenas viva! Entenda que nem sempre tudo parecerá correto, e que a graça da nossa existência é essa, viver dias errados na procura do momento certo, mas o mais importante é você entender que sempre haverá um novo dia, sempre haverá uma nova chance.

#Resenha: O orfanato da Srta. Peregrine para crianças Peculiares - Ransom Riggs


Lido em: Setembro de 2016
Título: O orfanato da Srta. Peregrine
Autor: Ransom Riggs
Editora: Leya
Gênero: Ficção

Ano: 2015
Páginas: 336

Avaliação: (4/5)

Sinopse: Nossa história começa com uma horrível tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo, por mais impossível que pareça, ainda podem estar vivas. Uma fantasia arrepiante, ilustrada com assombrosas fotografias de época, O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares vai deliciar adultos, adolescentes e qualquer um que goste de aventuras sombrias.
Resenha: Primeira colocação sobre esse livro: o que dizer de Ransom Riggs que mal conheço e já considero 'pakas'?! haha Brincadeiras a parte, sei que muitos de vocês já devem ter ouvido falar do livro "O orfanato da srta. Peregrine para Crianças Peculiares" principalmente agora que será lançada a adaptação produzida por ninguém mais, ninguém menos que TIM BURTON! O que não é nenhuma surpresa, já que todos sabemos que quando se trata de filmes peculiares, não existe ninguém mais qualificado que Tim Burton, não é mesmo? Mas vamos ao que interessa, afinal essa resenha não é sobre o filme e sim sobre o primeiro livro de uma série que está dando o que falar!
  O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, é o tipo de livro que te deixará imerso em um mundo completamente diferente de tudo que já viu!
  O enredo conta a história de Jacob, um garoto de 16 anos, que cresceu ouvindo seu avô contar relatos do seu passado. No entanto, as histórias que Abraham contava pareciam muito distantes da realidade, afinal quem conseguiria acreditar que existe um orfanato onde vivem crianças com peculiaridades como flutuar, controlar animais e fenômenos da natureza, ficar/ser invisível e até mesmo ressuscitar os mortos? E que essas crianças são protegidas de monstros por uma Ave! Em que mundo isso seria possível? Bem, aparentemente para Abraham Portman esse mundo existe e por alguns anos Jacob também acreditou que existia, no entanto, conforme Jacob foi crescendo, perguntas foram surgindo e um universo que parecia totalmente possível de ser real, em um estalar de dedos, deixou de ser.


"Agarramo-nos a nossos contos de fadas até que o preço por acreditar neles se torne alto demais."

  Porém, ele se vê obrigado a ir atrás de respostas, quando seu avô assassinado por uma criatura desconhecida, lhe deixa uma estranha mensagem ao proferir suas últimas palavras.


"Encontre a Ave. Na fenda. Do outro lado do túmulo do homem velho. Três de Setembro de 1940."

  Jacob decide visitar o local onde tudo começou, o orfanato localizado em uma pequena ilha no país de Gales. Ao chegar lá ele percebe que talvez seu avô não fosse tão louco quanto imaginava, talvez aquelas crianças realmente tivessem existido, mas décadas já haviam se passado, como teriam sobrevivido a guerra? O mais importante, estariam elas vivas ainda?

"Vocês tem certeza de que não fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito..." Tim Burton

  Uma das coisas que mais me chamaram a atenção no livro, foi a ideia de aproximar o leitor da história através de fotos. Ao longo da narrativa nos deparamos com fotos que o personagem do livro também viu e isso nos desperta muitas sensações, por essa razão a conexão com aquele mundo fica ainda maior. E o mais interessante é que todas as fotografias são autênticas, não foram modificadas de nenhuma forma (sério gente, bizarro o trabalho desses fotógrafos).

  Se você aí do outro lado, ainda não pegou esse livro pra ler porque acredita ser de terror, pode ficar tranquilo que não é o tipo de leitura que lhe trará pesadelos. A narrativa é bem agradável e lhe surpreende a cada capítulo!
  O livro é um pacote completo, junção de história, com fotografias e diagramação, tanto autor, quanto editora estão de parabéns!
  A única razão para eu ter dado quatro estrelas ao invés de cinco é que algumas das minhas expectativas não foram correspondidas, espero que Cidade dos Etéreos (segundo livro da saga) preencha essas lacunas.
  Caso ainda esteja com dúvidas se deve ou não ler esse livro, dá uma olhada no trailer do filme e se convença de vez!



Booktrailer:


There's a new world coming.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
#Resenha11 - Espero que você aí do outro lado tenha curtido