#Resenha: Simon vs. A Agenda Homo Sapiens - Becky Albertalli

Título: Simon vs. A agenda Homo Sapiens | Autor: Becky Albertalli | Editora: @intrinseca | Gênero: Romance | Ano: 2017 | Páginas: 272 | Avaliação: 4/5🌟's 
Sinopse: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar. Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu. Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos. (Via Skoob)

Resenha: Simon vs. A agenda homo sapiens conta a história de Simon Spier, um adolescente de 17 anos que está descobrindo como é se apaixonar. Simon conhece Blue através do blog do colégio, eles começam a trocar e-mails anonimamente e percebem que mesmo sem terem se visto pessoalmente, há um sentimento florescendo, os dois têm muito em comum e encontram um no outro o apoio que tanto precisavam.

"Acho que gosto de saber que nos conhecemos mais por dentro do que por fora.”

  Os hormônios estão à flor da pele e Simon se vê em meio a um turbilhão de sentimentos conflitantes, ao mesmo tempo em que tenta encontrar uma forma de contar aos seus amigos e familiares que é gay. No entanto, seus planos de revelar aos poucos esse segredo vão por água abaixo quando um garoto da escola ameaça contar pra todo mundo sobre a intimidade de Simon se ele não ceder as suas chantagens. ⠀

  Uma das coisas que mais me encantou nesse livro foi o fato de ser uma história LGBT que pode ser lida por qualquer público, seja ele infantil ou adulto. Becky escreveu essa narrativa de uma forma leve e divertida. É uma leitura rápida, atual, por ser em forma de mensagens e aborda um assunto que está muito presente nos debates públicos.

  Através do Simon refletimos sobre amor, amizade, decisões determinantes, os dois lados da moeda, confiança, respeito, empatia e perdão. É uma história simples, que ensina e nos faz pensar sobre muitos valores. Afinal, por que esse é o primeiro livro LGBT de comédia romântica sem final "trágico" que eu já li? 🤔

“Não importa quem você seja. A puberdade é impiedosa.” P.14 
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🎬 Sobre a adaptação: Uma das melhores que já assisti! Parece aqueles filmes da sessão da tarde, mas com questões super atuais. É um filme engraçado, romântico, que dá uma sensação de conforto e felicidade. Vale muito a pena ❤

“Ele falou sobre o oceano entre as pessoas. E que o objetivo de tudo é encontrar uma margem até a qual valha a pena nadar. Eu precisava conhecer esse cara.” P.19


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#Resenha21 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado ღ

#Resenha - Dark House - Karina Halle


Título: Dark House | Autor: Karina Halle | Editora: @unica_editora | Gênero: Ficção | Ano: 2014 | Páginas: 352 | Avaliação: 3,5/5🌟

Sinopse: Sempre houve algo fora do normal com Perry Palomina. Embora ela esteja vivendo uma crise ao passar pela síndrome pós-faculdade, assim como qualquer garota de vinte e poucos anos, ela não é o que chamaríamos de comum. Perry possui um passado que prefere ignorar, e há também o fato de que ela consegue ver fantasmas. Tudo isso vem a calhar quando se depara com Dex Foray, um excêntrico produtor que está trabalhando em um webcast sobre caçadores de fantasmas. Dex, que se revela um enigma enlouquecedor, arrasta Perry para um mundo que a seduz e ameaça sua vida. O farol de seu tio é pano de fundo de um mistério terrível, que ameaça a sanidade da moça e faz com que ela se apaixone por um homem que, como o mais perigoso dos fantasmas, pode não ser o que parece. (via Skoob)

Resenha: Comprei Dark House na bienal de 2016, primeiro porque estava na promoção (não vou negar 😅) e segundo porque tive poucas experiências com livros de terror, sou medrosa galera, mas resolvi arriscar e levar pra casa. Bem, levei dois anos para pegar o livro novamente e começar a leitura, qual não foi a minha surpresa ao perceber que o livro não era de terror, pelo menos não da forma como eu acreditava. 
  Dark House conta a história de Perry, uma jovem de 22 anos que desde muito nova vê e sonha com coisas estranhas, que nem ela sabe definir o que são. Em um final de semana a família de Perry decide visitar seu tio Al, na costa do Oregon, há algumas hora de Portland, onde nossa protagonista mora.
  Do lado oposto da propriedade de Al, há um farol abandonado, segundo boatos o lugar é mal assombrado e são poucas as pessoas que tem coragem de vê-lo mais de perto, Perry decidiu ser uma dessas pessoas, pois algo lhe chamava a atenção naquela velha construção. Ao chegar lá, ela se depara com algo inesperado, que pode mudar o curso de toda a sua vida. Afinal, será que seus sonhos bizarros eram apenas sonhos?

"Cresci sentindo sempre que eu era especial, como se fosse destinada a fazer algo de fato incrível com minha vida e ter um impacto na das pessoas."

  Preciso admitir que fiquei decepcionada com a leitura, achei que esse seria o tipo de livro que eu teria que ler durante o dia pra não ficar com medo, sabe? Como quando a gente assiste "O chamado" depois do meio-dia pra não correr o risco de ainda estar assistindo ao filme quando anoitecer. Mas não foi o que aconteceu. Apesar de a história ser legal, o enredo não tem nada de assustador. Confesso que me lembrou um pouco a série Supernatural. 
  Apesar dos pesares, Perry é uma personagem legal, em alguns momentos a gente até se identifica com ela, com suas frustrações tanto profissionais, quanto com a vida no geral. Existem muitas referências na narrativa, como: Bad Religion, Errol Flyn (ator famoso na década de 40), Robert Downey Jr., Grey's anatomy, filmes do Hitchcock, De volta para o futuro, entre outras.
  Por ser narrado em 1ª pessoa temos completo acesso a mente de Perry, e então podemos perceber o quanto ela é ranzinza e seu humor ácido, essa particularidade torna o livro um pouco mais agradável, pessoas ranzinzas costumam ser engraçadas.

"Infelizmente, meus problemas têm uma maneira furtiva de rastejar de volta, como a simbiose do Homem-Aranha."

  Dramaticidade também é um traço da personalidade da nossa personagem, mesmo tendo 22 anos, pode-se confundir Perry facilmente com uma adolescente de 15.

"Senti como se tivesse levado uma facada no estômago e começado a sangrar decepção para todos os lados."

  Dark House é um livro de ficção, de leitura fácil e divertida. A história é boa, os personagens conquistam fácil, mesmo sendo bem excêntricos. Mas não vá com muita sede ao pote, é apenas uma narrativa comum e esquecível, sem nada de memorável para oferecer. 

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#Resenha20 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado 

#Resenha: Portões de Fogo - Steven Pressfield


Título: Portões de Fogo | Autor: Steven Pressfield | Editora: @editoracontexto | Gênero: Ficção histórica | Ano: 2017 | Páginas: 432 | Avaliação: 4,5/5🌟's

Sinopse: O rei Xerxes comanda 2 milhões de homens do império persa para invadir e escravizar a Grécia. Em uma ação desesperada, uma pequena tropa de 300 espartanos segue para o desfiladeiro das Termópilas para impedir o avanço inimigo. Eles conseguiram conter, durante sete dias, dois milhões de homens, até que, com suas armas estraçalhadas, arruinadas na matança, lutaram “com mãos vazias e dentes” até finalmente serem mortos. A narrativa envolvente de Steven Pressfield recria a épica batalha de Termópilas, unindo com habilidade História e ficção. (via Skoob)
Resenha: Confesso que levei mais tempo do que o normal para ler "Portões de Fogo", o início foi um pouco difícil porque não estava acostumada com livros do gênero, ainda mais com descrições de cenas tão pesadas, como estupro, torturas e a batalha em si. Mas depois que a leitura engrena, não há quem consiga parar! Esse livro é um banquete para aqueles que adoram se deliciar com romances históricos. Apesar de ser ficção, a essência é real. O autor se baseou nos textos de Heródoto, principal historiador da época, portanto a formação dos soldados, suas características e a forma como aconteceu a guerra pode-se imaginar que foram exatamente do jeito como Pressfield relata. 
“Aprendi então: sempre há fogo.” 

  Xeones é um guerreiro espartano, que após ser capturado pelo rei persa Xerxes, é obrigado a narrar a história dos 300 sob seu ponto de vista. O rei exige que o guerreiro conte a história dos soldados, como foram criados e preparados para a batalha. O que mais intrigava Xerxes, era: como apenas 300 homens puderam matar mais de 20 mil dos seus soldados? Como tão poucos puderam parar 2 milhões por 7 dias?

"Nunca direi à cidade por que designei esses Trezentos. Nunca contarei aos Trezentos. Mas contarei a você, agora."

  Ao longo da narrativa Xeones relata como eram criados os espartanos, os escravos e os cidadãos que viviam em "polis" próximas. A guerra era a única forma de viver que eles conheciam, desde os 10 anos treinavam e eram testados de todas as formas possíveis, deviam estar preparados para lutar quando o dever lhes chamasse. Para os espartanos a única coisa mais importante que a batalha, eram suas crenças nos deuses. Independente do que acontecesse, os deuses estavam acima de tudo e de todos.
   É interessante saber o "por trás da cenas", a perspectiva de quem viu de fora e depois vivenciou a batalha, a narrativa entrelaça em alguns momentos a história da guerra com a do próprio Xeones, de sua família e amigos, o que torna tudo mais humano e real.
  Espartanos criados e treinados para a guerra. Mulheres fortes, mas ainda assim consideradas inferiores e obrigadas a se submeter aos desejos dos homens. Tortura, traições, crenças e tradições. Vitórias e perdas. Cidades qque viraram cinzas, familías dizimadas. Um livro de ficção, com uma essência real. Um enredo que prende, que nos deixa sensibilizados, que faz com que torçamos para que o rumo da história seja alterado. 
  A escrita de Pressfield é rica em detalhes, "Portões de fogo" nos faz viajar na história, nos apresenta uma realidade dura e pragmática: Lutar para viver, viver para lutar! 

"- Comam um bom desjejum, homens – Leônidas sorriu largo – pois estaremos todos partilhando o jantar no inferno.”

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#Resenha19 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

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