#Resenha: A Seleção - Kiera Cass


Título: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte

Gênero: 
Romance - Literatura Juvenil
Ano: 2012
Páginas: 368

Lido em: Novembro de 2016
Avaliação: (4/5)

Sinopse: Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável, e se pudesse mudar alguma coisa nela desejaria ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto.
Um dia, America topa se inscrever na Seleção só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa.
Mas é claro que seu nome aparece na lista das Selecionadas, e depois disso sua vida nunca mais será a mesma...


Resenha: America é uma adolescente que vive em um país onde as pessoas são divididas por oito castas, quanto maior o número da casta, mais pobre essa pessoa é. A família de America é da casta cinco, a casta dos artistas e apesar de estar três castas acima da mais miserável, eles passam por dificuldades.
  A jovem se vê em um impasse quando para poder ajudar sua família, ela terá que abrir mão de Jaspen, seu primeiro amor e se sujeitar a uma Seleção, onde entre 35 garotas, uma será escolhida pelo príncipe, para ser sua esposa.
"Não queria ser da Realeza. Não queria ser UM. Não queria nem tentar."
  Apesar da insistência de sua mãe, America continuava relutante em enviar o formulário de inscrição. Seus pais não entendiam o por quê de ela agir dessa forma, afinal, ela não tinha nada a perder! O que eles não sabiam é que America já estava apaixonada por outra pessoa.
"Deitada no colchão deformado, eu passava e repassava a Seleção na cabeça. Acho que tinha suas vantagens. Seria legal comer bem, pelo menos por uns dias. E não havia razão para eu me preocupar: eu não me apaixonaria pelo príncipe." Pg.17
  Depois de muito pensar e até de Jaspen ter insistido para que ela participasse da Seleção, finalmente America cedeu, estava certa de que não iria passar, afinal, porque a escolheriam? Ela não tinha nada de especial, nada que pudesse chamar a atenção do príncipe (ou pelo menos era o que ela pensava). Para sua surpresa, entre milhares de garotas, ela foi selecionada para ser uma das 35 "sortudas" que viveriam por tempo indeterminado em uma espécie de reality show, a espera da decisão do príncipe Maxon de qual seria A Escolhida!
"Minhas intenções não importavam. As outras garotas não sabiam que eu não queria ganhar. Na visão delas, eu era uma ameaça. E dava para notar que me queriam fora." Pg.114
  A Seleção é uma narrativa instigante, vez ou outra você se surpreende ao perceber que está suspirando e sentindo aquela sensação boa de estar ansiosa por algum acontecimento ou torcendo muito pela felicidade de alguém.
  Quando comecei a ler esse livro, pensei que deveria ser o mais critica possível, porque eu não concordava com a ideia de uma história onde as mulheres deveriam se sujeitar a viver trancadas em um palácio, sendo expostas ao mundo de todas as formas e esperando que um cara desse-lhes a grande "honra" de tornar uma delas sua princesa. Mas minha opinião mudou, quando resolvi dar uma chance ao Maxon e passei a entender um pouco mais sobre sua história.
  Aos poucos percebemos que nem tudo é como imaginamos e que julgar alguém sem antes conhece-lo é muito errado (mesmo). Na verdade, não foi só eu que aprendi essa lição não, conforme os dias vão passando America percebe que o príncipe até que é um cara legal, na verdade, ele é um cara bem atraente, não só por fora, como por dentro também! E participar da Seleção não se tornou uma tarefa tão difícil assim, America até começou a pensar que poderia se acostumar com a ideia de ser uma princesa, mas isso era só um pensamento, não se tornaria realidade, não é mesmo?
  A Seleção tem tudo para ser um bom romance distópico, uma moça que vive um dilema, dois caras completamente diferentes, mas com características cativantes, brigas, intrigas, pessoas sendo influenciadas pelo sistema, e uma guerra rolando como pano de fundo, que provavelmente será mais abordada nos próximos livros.
  Terminei esse livro me descabelando pra saber qual será o destino dos meus personagens favoritos! Não vejo a hora de começar a ler A Elite!!
"Estou aqui. E não estou lutando. Meu plano é aproveitar a comida até você me chutar."
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#Resenha14 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: Sonata em Punk Rock - Babi Dewet

Lido em: Janeiro de 2017
Título: Sonata em Punk Rock
Autora: Babi Dewet
Editora: Gutenberg
Gênero:
Ficção - Literatura Juvenil
Ano: 2016
Páginas: 300

Avaliação: (5/5)
Sinopse: Por que alguém escolheria uma orquestra se pode ter uma banda de rock? Essa sempre foi a dúvida de Valentina Gontcharov. Entre o trabalho como gerente do mercado do bairro e as tarefas de casa, o sonho de viver de música estava, aos poucos, ficando em segundo plano. Até que, ao descobrir que tem ouvido absoluto e ser aceita na Academia Margareth Vilela, o conservatório de música mais famoso do país, a garota tem a chance de seguir uma nova vida na conhecida Cidade da Música, o lugar capaz de realizar todos os seus sonhos. No conservatório, Tim, como prefere ser chamada, terá que superar seus medos e inseguranças e provar a si mesma do que é capaz, mesmo que isso signifique dominar o tão assustador piano e abraçar de vez o seu lado de musicista clássica. Só que, para dificultar ainda mais as coisas, o arrogante e talentoso Kim cruza seu caminho de uma forma que é impossível ignorar.
Em um universo completamente diferente do que estava acostumada, repleto de notas, arpejos, partituras, instrumentos e disciplina, Valentina irá mostrar ao certinho Kim que não é só ele que está precisando de um pouco de rock’n’roll, mas sim toda a Cidade da Música.


Resenha: Valentina é uma garota de 20 anos, apaixonada por música e que está prestes a realizar um dos maiores sonhos da sua vida, entrar na Academia de música Margareth Vilela. No entanto, mesmo tendo sido aprovada na Academia ela vive um dilema, sua mãe não tem condições de pagar a mensalidade absurdamente cara daquele lugar.
"Valentina havia tentado traçar um plano: pediria um empréstimo no banco ou se ofereceria para trabalhar de graça no conservatório. Era do tipo que não desistia sem lutar. Só que o destino pode ser irônico quando convém, e, por mais que ela não gostasse, trazia uma solução."
  Após ter se obrigado a aceitar a ajuda da última pessoa que ela queria ver no planeta, Valentina se muda para a Academia e descobre um mundo totalmente mágico! Onde as pessoas falam, tocam e respiram música!
  A principio a garota se sente deslocada, pois todos ao seu redor são certinhos demais, arrumadinhos demais e ouvem melodias clássicas demais, melodias as quais ela dava o nome de "música de elevador".
  Por algum tempo seus únicos companheiros eram o fone de ouvidos, a playlist de Punk Rock e seu coturno surrado, além de Érica, uma amiga virtual que Valentina conhecia há 5 anos sem nunca sequer tê-la visto pessoalmente. Mas por sorte do destino acaba encontrando um grupo quase tão deslocado quanto ela, Sarah, Pedro e Fernando acabam tornando-se grandes amigos e juntos eles decidem formar a banda Dexter (sim, é uma referência a série, fiquei até emocionada! haha)
  Mas nem tudo é tão simples na academia, Tim (como Valentina gostava de ser chamada) logo na primeira semana deve escolher um instrumento clássico para estudar, pois só assim poderia passar de ano e ela resolve escolher piano, por acreditar ser um instrumento mais fácil de aprender. Infelizmente ou felizmente, se enganou feio, além de não ser nada fácil, sua professora é extremamente rigorosa e com cara de poucos amigos. Vendo que não iria conseguir passar de ano sem ajuda, Tim decide pedir ajuda pra última pessoa que aceitaria ajuda-la, Kim, o garoto popularzinho, super gato (mais do que ela queria admitir), gênio do piano, filho da dona da escola e que tinha uma evidente repulsa por Valentina, ou assim ela pensava, já que desde o primeiro dia que o viu ele a tratava mal.
  Aos poucos Tim vai descobrindo que música clássica não é assim tão ruim e que ela até se acostumaria com o fato de ter que tocar piano todos os dias, na verdade, a sensação de estar no palco sob os holofotes, torna tudo ainda mais fácil.



  Sonata em Punk Rock é o tipo de livro que você irá passar horas lendo sem sequer perceber o tempo passar, a história é tão envolvente que por algum tempo você até acredita fazer parte daquele mundo, o ruim é quando a gente percebe que não faz, bate até uma deprê.
  Mas de qualquer forma, Valentina me ensinou muita coisa nessas 300 páginas: Não deixar que um obstáculo (ou vários) façam você desistir do seu sonho, jamais julgar alguém pela aparência, praticar a sororidade, nunca (em hipótese alguma) ser uma amiga unilateral, afinal não é só você que tem problemas, e se tem uma coisa que me deixou surpresa é que Tim me ensinou a gostar de Punk Rock e juntas aprendemos a apreciar música clássica, quem diria que Beethoven, Chopin, Stravinsky, Schumann e Vivaldi seriam assim tão interessantes!
  Além de tudo isso, em várias partes da história o grupo de Tim faz referência a várias séries e filmes (que eu particularmente AMO) quando vi a frase "Challenge Accepted" fiquei até arrepiada! haha Não é só HIMYM que eles citam não, também tem Harry Potter, Star Wars e Percy Jackson!
  Paula Pimenta definiu bem meus sentimentos com essa frase: "Cada detalhe da história me encantou. Só não sei o que eu faço agora com essa vontade de me mudar para a Cidade da Música"
  Pra quem se interessar em ouvir algumas das músicas citadas no livro, aqui está o link da playlist no SPOTIFY (inclusive estou escutando agorinha, enquanto escrevo esse post).
  Obrigada Babi Dewet por esse livro tão amorzinho e obrigada editora Gutenberg por tê-lo publicado, mal vejo a hora de poder ler os próximos livros dessa trilogia ♥


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#Resenha13 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

#Resenha: Boa Noite - Pam Gonçalves

Lido em: Janeiro de 2017
Título: Boa Noite
Autor: Pam Gonçalves
Editora: Galera Record
Gênero:
Ficção
Ano: 2016
Páginas: 237

Avaliação: (5/5)

Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Resenha:
Alina acabou de entrar na faculdade, está no primeiro semestre de engenharia da computação, e já sofre com situações machistas dentro da sala de aula, pois contando com ela, só há quatro meninas inscritas no curso. Além de ter que lidar com isso, Alina ainda tem que se acostumar com o fato de estar morando em outra cidade, longe da família e da vida comoda que levava.

  No entanto morar na República das Loucuras tem lá suas vantagens, na primeira semana já curtiu mais do que a vida inteira! Ok, posso ter exagerado um pouco, o que quero dizer é que ela nunca foi de sair, sempre enfiada no meio dos livros, Alina costumava recusar os convites pra festas que seus amigos faziam, até que chegou um momento em que pararam de convida-la. Mas as pessoas com quem ela divide a república não aceitam não como resposta e logo ela se vê curtindo as festas da faculdade ao lado de seus mais novos amigos, Manuela a garota descolada que estuda comunicação, Gustavo o gato do quarto ao lado que cursa medicina e o casal inseparável Talita e Bernardo que cursam administração.
  No inicio nossa personagem até fica animada com a possibilidade de ser uma nova pessoa e fazer tudo o que tinha deixado de lado no ensino médio, mas com o passar das semanas ela percebe que essa vida que ela tanto idealizava não é assim não colorida.
  Boa noite é o tipo de livro em que a leitura flui facilmente e a história te prende sem muitos esforços! Tem romance, tem humor, tem diversão, tem referência a Harry Potter (amo), mas o principal, aborda assuntos extremamente sérios, que precisam ser discutidos e trabalhados na sociedade atual.
  É muito fácil nos identificarmos com o enredo do livro, porque de inicio somos apresentados a história de uma personagem que está entrando na fase adulta e descobrindo um novo mundo, a faculdade. Mas esse novo mundo na verdade parece todo errado, preconceito de todas as formas nos são apresentados, seja racial ou de gêneros, além da homofobia, que infelizmente é algo muito presente nos dias de hoje. Mas o foco principal do livro é o uso de drogas em festas de faculdade, só a ação em si já é preocupante, mas a situação se agrava ainda mais, quando a pessoa sequer sabe que está ingerindo essa substância! Acredito que vocês já sabem onde quero chegar, meninas bêbadas e inconscientes não conseguem pedir ajuda, não é mesmo? E quando conseguem, muitas vezes o medo ou a vergonha as impedem de denunciar.
  "O pior de tudo é perceber que a maioria as culpa pelo o que aconteceu, dizendo que, se beberam até cair, não tinham que reclamar de nada."  
  Gostaria que todas as pessoas tivessem acesso a um livro como esse, pra que pudessem entender o quão importante é discutirmos esse assunto e nos juntarmos pra encontrarmos soluções que façam com que atos como esse, não aconteçam mais!
  Alina, Talita, Manuela, Gustavo e Bernardo mostram por meio de suas experiências que não é fácil passar por essa fase, escolher os amigos certos, saber quem é confiável, descobrir como lidar com situações constrangedoras, enfrentar preconceitos, denunciar atitudes erradas, recusar coisas que você sabe que irão lhe fazer mal, mas a pressão faz com que fique na dúvida sobre qual atitude tomar... É, as vezes a faculdade pode não ser um lugar tão agradável, mas a realidade pode ser outra, se você se dispor a fazer a diferença! Isso se aplica não só ao ambiente acadêmico, mas na sua vida por completo, não permita que o medo lhe impeça de fazer o que é certo.
"Juntas somos muito mais fortes."

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#Resenha12 - Espero que você aí do outro lado tenha gostado  

Sempre haverá uma nova chance

 

  Tem momentos em nossas vidas em que a única coisa em que conseguimos pensar é que o Universo está fazendo algum tipo de brincadeira sem graça, e que todos estão conspirando pra que chutemos de vez o balde e nos dêmos por vencidos. Mas deixa eu te contar uma coisa, o que você deve fazer é exatamente o contrário! Agarre com ainda mais forças seus objetivos, pule ainda mais alto pelos obstáculos, não importa se você já está correndo há muito tempo e está quase sem fôlego, encontre forças e corra, corra o mais rápido que puder e faça um favor a si mesma, não olhe pra trás! Olhar pra trás fará você tropeçar, tropeçar fará você se machucar e machucados... bem, suas experiências já te mostraram que machucados não se curam tão facilmente como nas propagandas. Toda vez que pensar em voltar, lembre-se de que se está no passado é por uma razão e se você ficar tentando recuperar aquilo, seus machucados nunca irão sarar e consequentemente você nunca conseguirá seguir em frente.
  Sabe, acho que afinal eu entendi que construir uma máquina do tempo não altera o passado, só nos impede de viver o presente. Então trate de desligar sua mente desse eterno loop em que ela se encontra, desligue-se de uma vez por todas dessas memórias que não lhe fazem bem, trate de criar novas histórias pra sua vida, histórias das quais você irá se orgulhar no futuro e que não lhe farão se arrepender e sofrer. Essa é a sua oportunidade de fazer tudo diferente, a cada dia você ganha uma oportunidade de fazer tudo diferente, não jogue isso fora, não se tranque em um quarto escuro de memórias, saía para ver o dia lindo que está lá fora, um dia cheio de novas chances, é, tá aí uma coisa que eu aprovo, novas chances.
  Apenas viva! Entenda que nem sempre tudo parecerá correto, e que a graça da nossa existência é essa, viver dias errados na procura do momento certo, mas o mais importante é você entender que sempre haverá um novo dia, sempre haverá uma nova chance.